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sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Loba

Loba

Loba selvagem, espreita, vai morder dente de alho
Dentro de um corpo sinuoso, teu templo, morangos
Na fúria, uiva, cada sopro, lua cheia
Quer tudo que fareja, quer noite de cio, machucar

Nada sentimento, sexo é alvo, sazonal

Lillit escuridão, de cegueira, só no cheiro, te acho

Domada se deixa navegar, cada pólo, tentação

Lambe, chupa, beija, deixa chuva chegar

Infinita sabe desejar, quer se realizar

Quer ferida deixar na carne, para marcar

Não há limites, predadora, arruína vida, no estalar

Entranhas adequadas, tormentas erradas

Ganha fera arranha, escorre com palavras

Com calma entorpece olhares

Gemidos segredos contigo

Em movimentos ínfimos somos íntimos

Ulisses Reis®

24/04/08



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