Hidalgo com amora
Não a vejo por aflição
Nem espinho cravado
Dentro do meu coração
Deixara que isso me afaste
Pois de ti sou lugar tenente
Sinto falta de ti, meu presente
Que com tuas sardas ardentes
Fezem-me um homem contente
Quero mais teu sangue quente
Ver tua boca desfilar beijos
Sentir tuas curvas deslizar
Em felinas e gostosas, cadencias
O movimento de andar
Imagina na hora de amar
Gemer e palavrões, dizer
Não posso mais querer
Somente esse teu verão solar
Tudo em ti, sou pecado
Muito desejo safado
E assim não fico desolado
Quero tua presença margeando
As linhas do meu corpo faiscando
Fazendo-me seu, me envolvendo
Como se eu fosse teu animal
Assim vem e transborda
Assim vem e perfuma
Assim vem de mansinho
Assim me faz menino
Assim seja no outono, primavera
Assim desabrocha
Assim louca aflita me devora
Assim com poder de Musa
Me degusta, me come com amora
Ulisses Reis®
18/06/2009
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