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Navegar
Navego nesse caudaloso e sedoso
Rio que é você, descendo montanha
Pequeno no começo e ruídos poucos
Límpido e gelado e formando poços
Curvas que me desafiam e desfilam
Vaidosa corrente de água límpida
Vem toda despida, e alguma espuma
Grita em mim sede e você ai calma
Devagar descendo entre rochas e deveres
Sinto que aos poucos tua voz, ruído era
Forte e estrondo agora aqui habita
Banha-me com caricia e toda tua malicia
Assim vagarosa e sabedora envolve
Deixa o tempo que me devolva
Ao liquido e cristalino sabor
Daquele que será sempre meu ardor
Sim pode ser musica navegar entre
Braços e cabelos, muitos ou todos
Os beijos
Viver cada pedaço de desejo
Respirar sem medo e navegar
Pois eu sempre preciso estar
Em todos os lugares com palavras
E saber que neste Rio vou ser livre
Para criar
Ulisses Reis®
09/12/2009
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