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terça-feira, 13 de julho de 2010

Morde



Morde

Nada com essa mulher era perdido
Ela chegava, mesmo cansada
Vinha e sempre tinha um sorriso
Com um o corpo sinuosa
Olhando fixo, abria as pernas
Sentava no meu colo
Amassava o jornal, colava os seios
E minha mão segurava a bundinha
E com os dentes vinha e mordia
Morde na medida certa, mas dói
Dizia que era para lembrar
Sempre que aqui, mesmo vestida
Tem reinado e aquilo me atiçava
Ela delineava mordiscando e beijando
Sabia que agora dali dificilmente
Eu a deixava sair
Pois parece um carinho bobo
Mas tem tudo haver com lobo
Não deixar cotidiano entrar
Me desfigura, eu a roupa dela as alturas
Ela sabe me seduzir, como beijos e mordidas
Não importa a hora ela fez o bem
Pois aqui tem o cúmplice que sempre
Fantasiava

Ulisses Reis®
22/06/2010

Para a-Mar (Serie Mar de Curitiba 019)

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