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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Crime e castigo

Crime e castigo

Vou recuperar essa criminosa, linda maravilhosa
Que se priva das emoções de visitar e desvendar
Arte que tanto ama, para deixar que alguém atreva!
Sem emoções finas e capazes de fazer-te rir, reverta
E mesmo assim você diz que estima, mas não a vejo
Sendo uma mulher que goste de ser somente Amélia
Sei que agüenta certas passagens, nem a flor Camélia
Então deixe de ser essa Bandida que gosto atrevida
Sai um pouco de si mesma, mude de posição
E não estou dizendo para ficar em cima dominando
Mas olhe de outra perspectiva, sente na outra cadeira
Observe que esse que não vive, não será você a dar ar
Respirar contigo é um beneficio a poucos, não a tolo
Que te magoa com palavras e não lembra do coração
Que o dele envolveu, lembre o teu coração tem morada
Mesmo que seja assim distante mora no meu coração
Sei que é a bandida e se priva de rir e discutir o conceitual
Aquela arte tão difícil de digerir que parece algo feio
Que não nos diz respeito no momento nem daqui um ano
Se deixar sem ver o que acontece não só numa Bienal
Mas se acredita é destino e nada é mero acaso, sem choro
Perder noite só de carinhos e argumentação dos escritos
Devorar só o que tem gosto de mel e cumplicidade
Deixar fluir e a concentração e aquele que faz arrepiar
Se nada lhe distrai eu vou te fazer sorrir sem parar
Bandida de si mesma vem comigo assaltar a vida
E para emoldurar fotos de tempos em tempos variar

Ulisses Reis®
27/11/2012

Para Sú

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