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terça-feira, 21 de outubro de 2008

Venerar


Venerar

Quero teu corpo explorar
Quero que me sinta chegar
Não se faça de boba
Deixe-me falar e atrever
Venha escute e surpreenda
Com beijos eróticos e supremos
Assim se entregue todinha a mim
Quero teu corpo esmiuçar
Minha mão marginal te assaltar
Calma, só vim visitar, e assim que terminar!
Vou-me embora se você deixar
A principio não iria usurpar
Mas me instiga e atormenta
Como uma colher, vou mexer...
Como faca te conter
Fique quente e excitada
É só para você aprender
Assim se outro, não eu!
Te confiar, lembre
Que sou teu homem
E ele, não vais aceitar...
Quero tua alma e sentimentos alimentar
Você achou que eu iria só te germinar
Não, vim ser cúmplice do teu corpo
Companheiro na chuva mesmo com trovão
Olhar tuas coxas desfilar no colchão
Em cafuné teu cabelo desembaraçar
E com paixão de dia
Teu sorriso reverenciar
Mas à noite o mundo faz girar
E teus anseios fogosos, vem buscar
O marginal que agora vai explorar
Com experiência de mulher maliciosa
De pupila ativa e sardas queridas e desnudas
Memórias vivas e arco-íris, para teu homem vai mostrar
E assim desde o começo seu domínio e garras
Vão demonstrar e ele a ti venerar

Ulisses Reis®
19/10/08


Cristal III


Cristal III

Ela dança sozinha
No quarto vagueia
Lembra de mim
No banho questiona
Se minha presença
Faria da moça
Mulher de gemidos
E quase grunidos
Ao estarmos unidos
Ela mexe sozinha
No banho que dou
Com boca suspeita
A moça não agüenta
Mulher se derrete
Fica perplexa
Morde os lábios
Na cama quer ir
Mesmo molhada
De corpo inteiro
E pernas bem grossas
Se entrega e desiste
Vem gata perversa
Felina desperta
Leoa assume
Degusta teu macho

Ulisses Reis®
19/10/08


Presença

Presença

O mar e amores, tenho

Ao vê-la congelei e celebrei

Cantarei para loira e ofertaria

Matéria de vida e ousadia

Boca de moça e brisa só ria

Trouxe planta com flor e leveza

Algo ao acaso transmitia

Disperso vagava estranho

Na areia teu corpo reluzia

Regresso meu olhar cobre e estanho

Maleável e dengosa o corpo descia

Sobre o sol na praia vivia

Mas aquilo que dói, a solidão

Colocava-se longe e se extinguia

Essa loira despertava em mim sentimentos

De praia deserta e campina florida

Rio cristalino e o sabor de menina

Uma noite de verão e fadas madrinhas

Olhares em conjunção e uma quente paixão

De liberdade juvenil e uma cama viril

Da boca molhada e minha língua beijada

Do corpo suado ao meu grudado

Essa loira na praia

Me traumatiza

Mas sua ausência

Minha falência

Ulisses Reis®

19/10/08



Janela muda

Janela muda

Janela muda

Daquela que estuda

Revela o amor

Falta sabor

No interior

Menina fina

Era rainha

Preenche em mim

Sonho que ponho

No lugar do fim

Entardeço e peço

Caminho de volta

Errado, não ouço!

Nuvem chorando e solta

É diferente

Na alma da gente

Calam e tristeza

É hora e riqueza

Saudade que mora

Naquela janela

Amarga de outrora

Ela é a mais bela

Menina muda

Na janela que estuda

Ulisses Reis®

20/10/08



Cantora

Cantora

Ela canta, rica feiticeira!

Sendo feliz de vez

Canta faceira de voz cheia

É anônima e assim se fez

Voa no canto como uma ave

No ar flutua sonora ao limiar

O som da tua voz caminha suave

Com tom faz as curvas ao cantar

Teu canto tão belo ao amanhecer

Os homens a ouvem em casa e na lida

E eu poderia se perto estivesse

Pedir a você que cante pra vida

No interior canta a razão

E viaja em profundo pensamento

Mas na essência é só coração

E o que quer do mundo consentimento

Para além de cantar, gritar!

Na garganta enroscada dor

Que feiticeira não pode evitar

Mas nunca desistiu da vida e amor

Ao meu pedido vai se alegrar

E deixe de fora a depressão voar

Pois no teu canto felicidade e harmonia

Vão se revoltar e tudo mais ventania

Ulisses Reis®

20/10/08



Sardas II


Sardas II

Te vejo, quanto prazer
Pois vejo nos lábios
Um livro para ler
Que literatura ao sol
Vou fazer com liberdade
E ao ler cobrir de beijos
Te vejo é um prazer
Viro a pagina teus ombros
Vou ler, com calma e deleite
Vou neles sentir teu ser
Vibra e treme puro arrepio
E neles teço meus fios
Te vejo meu bel prazer
Mas uma pagina, que belo ser
No colo encantado, sonho em ter
Minhas sardas queridas
Aqui eu demoro, quero muito entender
Como é lindo meu colo de brisa
Te vejo meu prazer
Na folha seguinte teu livro
É tudo, nos seios desnudos
Vou com boca do mundo
Sugar de tudo e beber
Cada linha, faminto de prazer
Te vejo com prazer
No meio do livro teu umbigo
Menina faceira é meu abrigo
Deixa-me querendo reler o livro
Mas com anseios e gostosos beijos
Vou para frente leio e vagueio
Te vejo, prazer e desejo
Agora preciso de muita atenção
Porque estou delirante, entre teu vão
Nele perfume brota da carne
E o teu aroma domina meu cerne
Aqui vou fica, ler letra por letra
Pois assim degusto todo teu prazer
Desmancha palavras derrete sentidos
Agora aqui habito com alma
Teu livro aberto me lisonjeia
Presta homenagem
Nesta pagina feiticeira
Te vejo muito prazer
As poucas paginas, que ainda
Vou ler, coxas mais belas não
Posso tremer, deslizo safado
Cravo dentes, beijo e senti
Quer-me entre elas na ultima linha
Teu livro provoca
E termina em copula
Gemido

Ulisses Reis®
20/10/08


Sabiá Laranjeira

Sabiá Laranjeira

O dia principia

E a Sabiá canta alegria

Escuto longo e suave e via

Peito laranja da ave matinal

Mas poucos ouviam, eu e um pardal!

Pardal que pia e senti um animal

Gato caseiro se aproxima e é mau

E esse canto de fêmea seduz

Quando sabe que logo, haverá luz

Acorda-me dizendo, vem e produz

Seu canto para inspiração conduz

E assim Sabiá Laranjeira é musa

Dia-a-dia faz de mim poeta e usa

Encanto sonoro e abusa

Ulisses Reis®

20/10/08



Ser II


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Ser II

No deserto é oásis
Na sombra descanso
No tempo perdição
Na noite estrela guia
No dia minha paixão
No caminho o sentido
Na casa coração
Na montanha o cume
No frio cobertor
Na rua contramão
No relógio precisão
Na roupa conteúdo
Na historia professora
Na lembrança tudo de bom
Violeta é ipê
Na cidade todas as ruas
No corpo cérebro e pulmão
No mercado caixa e gerente
Mulher Nua
Louca
Escrava e Pálida
Porém nada dizia
Apenas beija e vivia!

Ulisses Reis®
19/10/08


Há diferença

Há diferença

Na menina que sonha

Na mulher que fascina

No objetivo alcançado

No essencial despertado

Na menina que aflora

Na mulher que comemora

De dentro para fora

E do que se quer agora

De brincar de amaço

De brindar quem satisfaço

Na menina dizer

E a mulher fazer

Na valsa da menina

Na mulher pura nitroglicerina

Na menina em transição

Na mulher em celebração

De uma menina ao sol

De uma mulher no lençol

Mas na junção

Pureza e destreza

Menina e mulher

Inseparável sedução

Ulisses Reis®

19/10/08



Perdição

Perdição

Que meus sonhos sejam pêras

Gostosas e argentinas

Jamais jacas ou opacas

Mesmo com pele macia

Cada dia morangos e mel

Meu amor cachaça mineira

Bebida e consumida

Não só em noites frias

Com rosas e mamão

Café e granola

Beijos e perdição

Sempre passional

Depois sim, razão!

Tudo mistura na cama

Sem roupa e pijama

Quero mais quem me ama

Ulisses Reis®

19/10/08



O amor

O amor


Não é um lugar

Não há geografia

Nem em noite fria

Quando a tempestade se fazia

Não é um lugar

Com falta de conforto

Só não deixe mofo

Mesmo que aja alvoroço

Não é um lugar

Nunca foi solitário

Talvez só no armário

Sempre sem horário

Não é um lugar

Mas tem sempre esperança

Com alguém fazer aliança

E guardar lembrança

Ulisses Reis®

19/10/08



Campo

Campo

Olhar obliquo, no campo!

Escorre rio limpo, gato do mato!

Passarinho surdo grita, não gorjeia!

A luz é mais azul, sem nuvens!

Caminhar na terra, cheiro de bambu...

Jabuticaba carambola, amora pitanga!

Galo virgem, capim santo, leite gordo!

Pensamento vagueia, curupira passeia...

Estalar de mamona, cheiro de chuva!

Vontade de terra, moça donzela...

Existe caipira, cachaça na fonte!

Alambique de cobre, gambá afogado!

Falta você bela e faceira

No campo, feiticeira!

Ulisses Reis®

19/10/08



Fera

Fera

No meio da fera
Estava o amante
Certinha a fera
Com amante errante

E assim éramos, abundantes

Meio a meio, rebeldes inteiros
Ela atrevida, não tímida

Em certo momento crocante

E assim éramos exuberantes


Um anjo cintilante

Numa colisão arrepiante

Com encanto e graça vibrante

Essa fera é diamante

E em mim governante

Ulisses Reis®

19/10/08



Febril

Febril

Eu aceito

Menos preconceito

Quero eu no teu leito

Sou homem

Não sou perfeito

Mas sei como ninguém

Deixar satisfeita

Essa mulher feita

A cada toque seda pura

Nos gestos delicados

Desejos encantados

Louco e interminável

Sem harmonia e faminto

Teu corpo insaciável

Quer-me como macho

Nas tuas fantasias

Parece ser menina

Engana-me loba vil

Agarra-me faz servil

Meu corpo preso no teu quadril

E presa fácil, estou no covil!

E assim sucumbi ao seu ardil

Mas contente e viril

Sou febril

Ulisses Reis®

19/10/08



La Mancha

La Mancha

Sonhei com as duas Néias

Não sei quem beijava

Uma boca vermelha

Outra boca rosada

Beijos molhados

Um tom é de Bauru

Guará outro sabor

Uma é atirada

Uma é delicada

As duas são sensação

Sorriso aberto gostoso

Sonhei com duas mulheres

Duas maravilhas vistosas

E seus beijos saborosos

Beijo de paixão proibida

Proibidas essas mulheres

Mas não em sonhos partidas

Dois verbos distintos atribuídas

Beijos de quem precisam

Precisão de uma mexida

Mexer e ter as queridas

Eu sou a divisa

Ulisses Reis®

15/03/2008