
TUDO EM HOMENAGEM A MULHER ! Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Fernando Pessoa
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Hidalgo III

Bundas
Hidalgo nos dentes

Tulipas Vermelhas

Tulipas Vermelhas
Não tem como deixar a paixão
Mesmo que pela musa seja ilusão
Você floresce é campo de papoulas
Teu sangue ferve, tulipas vermelhas
Tuas coxas curvas deliciosas corredeiras
Saciar a sede muitas bebedeiras
Sonhar com tua dança, requebra inteira
De onde vens linda mulher
Com esse teu jeito e sabor de mel
Não vejo o defeito, pois pelo jeito
Foi feita em fôrma única
Numa noite de amor ardente e suplica
Destino de poucas e loucas
Na boca de afogados beijos
Desenho com a língua meus desejos
Onde estavas, inspiração
Quando exercita transpiração
Há uma certeza, teus gemidos
São uma unção, que vem da catedral
Que teu corpo é, e Vênus fez
Morada!
Ulisses Reis®
Enfermeira Minha I

Enfermeira Minha I
Seja minha cura com muitos beijos
Seja minha cura com teus gracejos
Seja minha cura com pura nudez
Seja minha cura com só salto alto
Seja minha cura com voz de louca
Seja minha cura com tua paciência
Seja minha cura com independência
Seja minha cura com displicência
Seja minha cura com audiência
Seja minha cura com afronta
Seja minha cura com cabelo pronto
Seja minha cura com olhar de gata
Seja minha cura com boca vadia
Seja minha cura com meias arrastão
Seja minha cura com ombros a mostra
Seja minha cura com quadril marcado
Seja minha cura com lindos brincos
Seja minha cura com fala no ouvido
Seja minha cura com pose de menina
Seja minha cura com um ar profano
Seja minha cura com coxas quentes
Seja minha cura com cheiro de jasmim
Seja minha cura com muita renda
Seja minha cura com cravo e hortelã
Seja minha cura com tua safadeza
Seja minha cura com sendo princesa
Seja minha cura com nunca dizendo amém
Seja minha cura com tua embriaguez
Seja minha cura com muita bagunça
Seja minha cura com meia luz
Seja minha cura com vinho na boca
Seja minha cura com seios amostra
Seja minha cura com falta de inocência
Seja minha cura com o lado perverso
Seja minha cura com todo teu avesso
Seja minha cura com chocolate no corpo
Seja minha cura com olhos e salto verdes
Seja minha cura com atrevimento
Seja minha cura Menina Perfeita!
Ulisses Reis®
Sandalias de amarrar

Sandalias de amarrar
Fetiche de puro sonhar
Alto, quadril a equilibrar
Desfila nua para o espelho
Um só olhar
Vira, vislumbra coxas de arrasar
Essas tiras bem presas
Loba vai caçar
Cabelos curtos, francesinha
Bocas a beijar
Derrete novos olhares
É só dançar
Mexe esse corpo
Menina perfeita
Sensualidade a degustar
Sabe que tem equipamento
Foi concebida com jeito
É obra-prima
Saborosa, como caviar
Essa sandália faz multiplicar
Inspiração devida, só de olhar
Queria eu poemas nas tuas ancas
Tatuar
Ulisses Reis®
Todas as curvas

Todas as curvas
Nas nuvens que teus olhos navegam
Varias gaivotas fitam e te invejam
Onde circunda com desenvoltura
Criaturas de vários mundos
Nas linhas de sensualidade
Mil mãos te desenham
De verdade
Tocando com a boca
Toda a variedade
De linhas retas que são poucas
E todas as curvas que não esconde
E assim embebecida de prazer
Volúpia, luxuria e tentação
Faz esse Rei cair de joelhos
Rápido vira conde
Teu ar de fêmea, loba no cio
Nenhum movimento teu é em vão
Seduzir, rasgar peito, grande paixão
Menina sabe tudo, enlouquecer, inebriar
Mas tem um caráter de não magoar
Difícil é não se apaixonar!
Ulisses Reis®
Enfermeira Minha

Enfermeira Minha
Cura esse ser derretido
Cura com a visão desse piercing no umbigo
Cura as trevas que te escondia
Cura essa enevoada noite perdida
Cura com teu olhar mais profano
Cura esse marginal que voa no altiplano
Cura, os sonhos meus embriagados
Cura os dias sem tua imagem, por isso sofrido
Cura, os males que me consome
Cura a vida com tua lolita alegria
Cura a ânsia de salto alto, fantasia
Cura com sensualidade bem medida
Cura com beijos inadvertidos
Cura com a meiguice suprema
Cura com a canceriana paixão
Cura usando um olhar pidão
Cura assim se vestindo
Cura tirando muitas fotos, sorrindo
Cura com esse ar de menina
Cura sendo mulher inteira
Cura pois tu és verdadeira
Cura com habilidade manual
Cura com teu corpo magistral
Cura e me salva, final
Ulisses Reis®
domingo, 9 de agosto de 2009
Cristal VII

Eu II

Eu

Elizabeth

Niijinski

Niijinski
Nijinski 1912 é o Balé deixou de ser clássico
Os cavalos deixavam pouco cheiro nas cidades
Eu tomando café em Montmartre enquanto via
E a ele assistia
Buracos nas ruas o metro surgia e o telefone
Falava
Era tudo muito rápido, todos deslumbrados
Por essa dança mágica e a modernidade
Mulheres ávidas datilografavam há jornais
Simples noticias, locais
Pena não comprei Picasso que aqui passava
Não o achava muito bom e atrevido
Erro de calculo, hoje Freud explica
Lênin, e Marx e uma revolução
Aqui em Paris de longe era tudo bom
E=mc², ai nada mais, Era a mesma
E começava a Moderna
O Ford T inundava as ruas e a primeira
Linha de montagem vigorava, 33 minutos
E se finalizava
E Henri milionário ficava
Também houve uma gripe,se chamava Espanhola
O homem sonhava em voar um vírus o fez
Desafio fronteiras, e correu o mundo e nele
Deixou caídas cidades inteiras
Nunca dominaremos completamente a natureza
Crash e o mundo veio abaixo
Ulisses Reis®
22/07/2009
Vania I

Vania I
Ontem Vânia surpreendeu
Estava belíssima, mas sempre atrevida
Roupa de mulher jovem
Eu, olhares e palavras pobres
Mas as curvas presentes
O ar de menina-sapeca, ardente
Ela é um sonho da cor de canela
Eu poderia viajar ao lado dela
Seria como acordar e ter flores
Na janela
Queria poder ver em Tiradentes
Como age, como é realmente
Sempre sorrindo alegremente
Sem firulas, nem marolas
Ondas grandes eternamente
Que caminho, posso ter
Para perto com ela resolver
Acho que poucas vezes verei
Uma mulher conter
Beleza e destreza
Harmonia e menina
Safadeza e maciez
Tudo é talvez
Ulisses Reis®
22/07/2009
Vania

Vania
Essa é Vânia
Uma menininha
Ela é samba em prelúdio
Há que saudade
Tem curvas exatas
Se fosse número
Seria pura matemática
É sereia ideal
Conjunto de felina beleza
Fêmea com prole grande
Tem tudo no lugar
Boca e lábios fatais
Seu ar e de mulher
Super quente
Deve deslizar
No corpo do homem
Fazer refém qualquer lobo
Atrevido
Com jeitinho
E todo poder
Ele até a ultima
Gota será
Espremido
Ulisses Reis®
22/07/2009