Amarga
Ela era caseira e já tinha frutificado
Mas em outro lugar queria o pecado
Andava bem arrumada, mas era safada
Não tinha o que gostava e sonhava
Mistura de prazer e muita sacanagem
Tinha alma de santa da libertinagem
Acostumada a ter de tudo o que faltava
Uma pegada de marginal, uma currada
Uma proposta sem medo, uma virada
Comprava lingerie e saia e desfilava
Se sentia uma deusa má, mas não usada
Queria nos braços dele ferver, assim flutuar
Gostava de chuva onde transparecia usava
Deixava as coxas molhadas, o ardor esfriar
Mas nada de aparecer um atrevido curioso
Daqueles inconvenientes e perigoso
Mas sobre tudo com um jeito gostoso
E assim sim a vida se vai entre desejo e sonho
E as rugas recebem botox e o cabelo tintura
Infelizmente nunca houve a doce aventura
Ulisses Reis®
14/12/2010
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