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sábado, 4 de dezembro de 2010

Moradia


Moradia

Queimando e me consumindo
Aos poucos vou envolvendo
Tudo que é vivo me afeta
Mesmo a paisagem distante
No meu corpo me desperta
A chuva que ao longe cai
É como dose do bálsamo
Que em mim faz moradia
Desfruto do prazer gratuito
De sentir o vento e as gotas
De orvalho, ao pisar o chão
E na sensualidade do êxtase
Das linhas do teu corpo, visão
Curvilínea e luxuriante felina
Estendida e no dorso movimento
Que é de deusa grega em plena
Violação

Ulisses Reis®
03/12/2010

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