Albergue para o Lobo
Desco da serra da Canastra
Sou lobo Guará e você me
Albergará
Pelos teus lábios, rios
De água cristalina
Uma parada demorada
Pelo pescoço deslizo, devagar
Chego entre montanhas
Serra da Saudade
No colo vou descansar
Caminho ponta de língua
Morro esquerda vou visitar
Pontilho mamilo a tesar
Fico muito tempo
Vou me anunciar
Sem a pele deixar o tato
De saliva, estou no direito
Recomeçar
Aqui mordisco, deixo marca
E melado e duro, vou deixar
Minha língua é de Lobo
Vim lhe degustar
Minha boca faz um caminho
Até o albergue chegar
Estou lambendo planície
Aqui encontro umbigo
Eqüidistante das ancas
Festejo molhando e sinto
Você se contorcendo
Sente o acontecimento
Aqui com delicadeza
Com esmero de canino
Que vive solto e tem
Você como altar
Sou animal a farejar
Me encontro numa vereda
Sou frugal ao manejar
Aqui esta a nascente
Um botão significativo
Ele se anuncia é altivo
Minha língua toca com alma
Devagar saliva o cobre
Ele responde a proposta
E tudo a sua volta
Parece estar em revolta
Pernas se abrem, barriga se encolhe
Esse vai ser amigo
Clitóris com minha língua
Que ao redor lambe e o toca
E a cada vez mais teso
Vai deixando a vereda
Com perfume e umidade
Ele só deixa passar amigo
Que senha sabe usar
E nisso sou Lobo Guará
Aqui eu albergarei
Depois de sublimes momentos
Vejo que a vereda viva
Quer minha boca e língua
Aliviar, com sabores e perfume
Que só uma mulher de albergaria
Sabe proporcionar
Agora aqui é festa e degustação
Sinto teu coração
Batimento acelerando
Cheio de desejo e vontade
E a libido sempre se exibindo
Toque com maestria, lambida
Nesta vereda é bem distribuída
Para que jorre todo teu liquido
E alimente esse Lobo bandido
Teu ser esta retorcido
Mais no momento sem ser ferido
Ai vaza a vereda
Escapa para fenda escondida
Liquido que vai ser sorvido
Pela língua pontiaguda
Que chega sem aviso, invade
Tira gemidos, gritos de que Deus
Esta para chegar
Assim esse Lobo chegou
E você anunciou
Ele, vos albergareis
Ulisses Reis®
13/05/2010
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